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Quando confundimos a dependência com amor

A dependência emocional é um problema muito comum mas ainda bastante desconhecido.

Podemos defini-la como uma “necessidade extrema de receber amor e afeto, normalmente em relações afetivas, de modo que a própria vida gira em torno de outra pessoa”.

O perfil de um dependente emocional pode caracterizar-se por uma baixa autoestima, caráter submisso, que não concebe a solidão na sua vida e que anseia estar ao lado de alguém que tenha idealizado, de maneira que vive por e para essa pessoa.

Por outro lado, a personalidade do parceiro do dependente emocional é habitualmente a oposta: uma personalidade segura de si mesma, egocêntrica, dominante e pouco afetuosa.

Este tipo de pessoas, por sua vez, encontram o seu complemento perfeito nos dependentes emocionais.

Esta personalidade não é escolhida ao acaso pela pessoa dependente, uma vez que são características da personalidade que a atraem e as quais idealizou, já que carece delas. São relações baseadas na submissão, idealização, terror da rejeição e abandono.

A origem poderá estar numa infância de carências afetivas por parte da família de origem, meio social ou ambas, do dependente emocional. Não estão habituados a ser realmente queridos, apreciados.

Sintomas da dependência emocional

  • Necessidade de estar acompanhado, não tolera a solidão;

  • Amplo historial de relações afetivas, normalmente umas seguidas às outras;

  • Baixa autoestima, é uma pessoa que não se quer bem e que necessita da aprovação e carinho constantes dos demais, especialmente do parceiro;

  • Não sabe dizer “não” para agradar ao outro;

  • Põe a sua relação acima de tudo (família, amigos, lazer) incluindo de si mesmo;

  • Deseja estar em contato permanente com o parceiro, seja fisicamente, através de telemóvel ou internet, etc.

Se a relação termina, o dependente começa a padecer de angústia, desespero, não pára de chorar, quer morrer, não pára de falar no tema.

Para que o sofrimento da pessoa dependente desapareça podem ocorrer duas coisas:

  • O ex-parceiro aproxima-se para reatar a relação ou dá certas esperanças que tal aconteça;

  • Aparece outra pessoa de perfil similar que termina com o sofrimento, começando novamente o ciclo vicioso. Em verdade, é como se estivesse enamorado da relação e não da pessoa.

Qual é o tratamento da dependência emocional?

O tratamento consiste na aceitação do problema, reconhecendo a forma inadequada de se relacionar afetivamente com o seu par, tentando encontrar uma lógica para compreender o motivo da sua conduta. Procurar-se-á aumentar a sua autoestima e, mediante terapia cognitivo-comportamental, restruturará a forma patológica de se relacionar. É um processo terapêutico que, na maioria dos casos e com uma atitude positiva do paciente, tem resultados positivos.

Fonte: Cuida tu salud emocional

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