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Mudanças - onde "te" pertences?


Semear afetos e regar entrelaços.

Colher raízes que se transportam e transbordam dos bolsos e das malas quando levamos dentro de nós os cheiros, as cores, os sons e as ruas de onde estivemos, onde vivemos e que tantas vezes percorremos.

O que nos faz pertencer a um lugar? As pessoas? As coisas?

E o que serão as coisas sem as pessoas que as preenchem de vida e lhes dão alma e significado? O que fica de ti? O que levas?

O sentido da adaptabilidade e flexibilidade mental e emocional não existe em igual grau dentro de cada um de nós; daí a nossa tolerância, maior ou menor, em aceitar e acolher as mudanças a que o trânsito da vida nos conduz.

Planear uma viagem de férias é ir a um lugar emprestado nos sonhos e objetivos que fomos construindo e que se estancam num tempo definido, para logo depois voltarmos ‘a casa’ e ficarmos na nossa zona de conforto. Essa é uma das grandes questões que se colocam quando a viagem é sem tempo definido e o lugar não é o destino de férias, mas mais uma chegada e porque não, mais uma alavanca para o nosso desenvolvimento pessoal.

A mudança é complexa – qualquer mudança o é - mas é essa complexidade, esse mar imenso de (in)certezas e esperanças que nos permite olhar para trás e saber que o que construímos vai connosco – sempre vai – e também olhar para a frente com alguma certeza de que, o que realizamos hoje, permite-nos pertencer a qualquer lugar desde que sejamos coerentes com o nosso ser, a nossa essência.

Então a mudança é sempre bem vinda porque é também o que nos faz sair dos ritmos instalados, nos faz sentir agradavelmente desconfortáveis, estar atentos e vigilantes e também apreciar as nossas próprias qualidades de conseguir ir mais além, alargar limites e horizontes, cruzar com novos desconhecidos e colocar tudo dentro do coração.

Acolhe a Mudança sempre, dentro de ti, como se essa mudança fosse aquilo que mais necessitas na tua vida nesse momento e abraça as novas oportunidades que ela te traz, abraça as novas janelas que ela te abre.

Qualquer que seja a mudança ela faz-nos entender onde estivemos e o que significou para nós esse tempo e esse lugar – se tivermos a honestidade de nos olhar de frente e nunca levar peso nos ombros, mas sempre mais valias dentro de nós.

Acrescentar à vida que tens mais persistência, confiança, rigor e trabalho é sempre uma “achega” para que possas crescer e ser maior do que eras ontem.

Um dia de cada vez para que a jornada se possa conjugar e soar como uma nova melodia que se entoa entre os lábios todas as manhãs.

Boas jornadas. Boas mudanças.

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