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Dar e Receber

Dar e receber é um hábito enraízado na vida das pessoas. Às vezes, fazemo-lo inconscientemente tal é a frequência com que realizamos estas ações, de que são exemplo: dar boleia a um vizinho, ligar a um amigo com quem não se fala há algum tempo (damos o nosso tempo), oferecer um café a um colega de trabalho, etc.. Quantos de nós já experimentaram, pelo menos, uma destas situações?

Contudo, por vezes, as ações do dar e receber geram um sentimento de desiquilíbrio entre as partes, o que causa desconforto às pessoas intervenientes nas situações.

O desequilíbrio sentido resulta manifestamente da expectativa do receber após a ação de dar. Mas será que para receber é obrigatório dar? E para dar, é obrigatório que se receba? E porque se cria a expectativa do receber após o dar?

Importa pois analisar a ação do dar e o motivo que a despoletou.

Em jeito de desafio, só se pode dar aquilo que se tem. É impossível dar algo que é inexistente. Depois é essencial perceber se o que se dá gera, ou mantém, o equilíbrio de quem dá, isto é, se não causa sequelas de qualquer ordem ou espécie.

A expectativa de receber associada ao ato de dar pode ser emocionalmente patológica, no sentido de que pode ser um meio para criar uma dependência afetiva com outra pessoa, uma forma de manipulação subtil, etc.

Importa então referir que é necessária inteligência e saúde emocional para receber. O saber receber um elogio, receber um presente, receber a ajuda de outra pessoa, etc. é um caminho que integra o crescimento em assertividade e na melhoria das relações humanas, respeitando sempre o equilíbrio individual no que respeita o balanço entre o pensar, o sentir e o agir.

Urge fazer um eco de “eu só posso dar aquilo que tenho…”.

O que tem e quer dar? O que precisa de receber? Como se sente em dar e em receber?

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