ENTREVISTA AO Dr. ABEL, O PRÓXIMO CONVIDADO AO NOSSO CAFÉ TERTÚLIA

Todos conhecemos o nosso querido Dr. Abel. Ele pôs a primeira pedra do Telefone da Esperança em Portugal, atualmente denominado Vozes Amigas de Esperança. Acaba de publicar um formoso livro onde conta as experiências de vida mais importantes da sua existência, intitulado "De como eu fui...e sou" . Não é uma autobiografia ao uso, como ele gosta de dizer, senão sobretudo um Manual de ajuda para ajudar a todas aquelas pessoas a encontrar o príncipe ou princesa que todos levamos dentro. Recomendamos-vos a sua leitura, pois pode ser útil para a vida de todo aquele que o leia.

De todas formas, como progresso à sua leitura e à tertúlia que terá local na próxima Sexta-feira, dia 31 de janeiro, vos apresentamos esta interessante entrevista, que sem dúvida resultar-vos-á muito interessante:
1. Como definiria o seu livro? O seu título é "De como eu fui...e sou" ,quer dizer que é uma autobiografia?
Penso que o conteúdo do livro está muito “bem definido” naquele bocadinho do prefácio que figura na contracapa: o autor «é sobretudo uma pessoa (…) que tem uma visão própria e muito dinâmica da sua história pessoal, a ponto de esta se lhe revelar, amiudadas vezes, imprevisível e surpreendente». Acho que o Prof Dr. Luís Amaral soube Muito bem dizer do que se trata. Para mais, o título é dele…Não se trata, pois, de uma autobiografia. Sentir-me-ia ridículo a escrevê-la… É uma leitura, muito pessoal e à distância, de algumas experiências que recordo – desde a mais tenra infância até 2021, altura em que acabei de redigir as 430 páginas que compõem o livro
2. Na sua dilatada vida que aspetos ou circunstâncias são as que mais destacaria dela?
Nesta minha já “dilatada vida”, são mais que muitos os “aspetos e circunstâncias” que gosto de destacar. Porque o espaço assim o pede, aí vai apenas este: o ter nascido labrego, pobre e «a cheirar a ovelha», numa família cuja mãe sempre gostava de dizer: «Gerei 19 filhos, batizei 17 e vinguei 15»… Eu nasci em 15.º Como vês, quando chegou a minha vez, a barca já estava bem sobrecarregada… Mas a Fé daquela gente baseava-se na tese de que «Deus que dá a panela, também vai dar as couves para ela»
3. A vida é uma aprendizagem contínua, que coisas aprendeu na sua vida que considera mais importantes e que nos possam ser úteis também aos demais?
De tudo o que apreendi e venho tentando «aprender» foi / é isto: «Se queres ser feliz, aprende quanto antes a dar importância só àquilo que, realmente, é importante»… Tem sido este o meu lema / projeto de vida. Ainda hoje me sinto um «aprendiz de vivente» porque o «realmente importante» está sempre a mudar e a (re)nascer
4. Diga-nos 3 coisas importantes que devamos ter em conta, baseadas na sua própria experiência, que nos possam ser úteis para começar a ser príncipes ou princesas, como se entitula a Tertúlia do dia 31?
a) Tomar consciência do que é uma «Auto Estima Saudável».
Porque é isso que nos leva a acreditar (até começar a sentir isso bem lá dentro…) que «cada um nasce para tronar(-se) uma «palavra nova, única e irrepetível» - coisa que vai tomando nomes diferentes, consoante as cabalas mentais em que vamos sendo aculturados: «Filhos de Deus», «Ser-si-próprio», «Ser igual a si mesmo», «Ser autêntico»
b) Aprender a tornar(-me) um «ajudante de Deus»… Porque Ele,no Seu respeito pela nossa identidade e nossa liberdade, decidiu que «nada faria sem o nosso consentimento e a nossa colaboração»
c) Aprender a lidar com os outros – esses que, não sendo eu,fazem parte de mim como ser social que também sou. E que,a nosso gosto e/ou a nosso desgosto, vão fazendo parte da nossa história… Todo o «eu» é «tu» para alguém e todo o «tu» é «eu» de alguém… Se não apreendo e aprendo isto, estou feito ao bife, destinado a ser comido.
5. Você foi o fundador de Vozes Amigas de Esperança (Telefone da Esperança) em Portugal, que supôs na sua vida esta experiência e como vê a necessidade atual de um serviço como este?
Gosto de dizê-lo, porque é assim que o penso e o sinto: O T.E. foi das experiências mais empolgantes e mais marcantes no meu per+curso pessoal, porque:
a) Descobri nele outras dimensões da festa de, em pura gratuidade,nos darmos aos outros mais fragilizados;
b) Descobri nele o poder, a força, a sedução de irmos criando o nosso próprio grupo de pertença espiritual – esse que vai dando um sentido à vida…
c) Descobri nele a importância da Formação ministrada pelo T.E. /Voades, para ajudar cada um a pré+parar-se para poder ajudar quem nos procura – sempre gente que precisa de gente preparada
6. Finalmente, e para terminar, que diria aos nossos leitores para que lhes sirva como script da sua vida, na mira de que esta seja uma "vida vivida"?
Ficando-me por aí, por falta de espaço, diria que a grande novidade de Eric Berne, o pai da Análise Transacional, foi mesmo «descobrir que não há destino nenhum para ninguém...
Há sim scripts… Isto é, marcas / traumas / registos / feridas que,inconscientemente, se foram instalando (apegos doentios…) e que, se não forem identificados e trabalhados a tempo e horas, podem realmente virar um triste destino para quem não aprenda a conhecer-se»
Se deseja seguir escutando as maravilhosas experiências de vida do Dr. Abel, lhe convidamos ao Café-Tertúlia on-line que realizaremos com ele,na próxima sexta-feira,dia 31, às 21:00 h.
A entrada é livre e gratuita. Só tem que solicitar o link para poder entrar ao e-mail porto@voades.org ou ao Tfn. 222 030 707 ou por whatssap ao 960 460 446 .
Será uma tertúlia inesquecível.